Horas levam a dias, dias levam a meses, meses levam a anos do mesmo martírio. 10 meses acolhida por uma bolha flutuante, estranha e isoladora. 4 horas até sentir o ar nos pulmões que ansiavam por gritar. Senti o mundo com as minhas mãos de duende. 18 anos, o ar é para mim irrespirável. Ninguém é transparente, é tudo um desfoque moribundo. Sinto-me deslocada, apagada, de mim. Tudo é inconstante e infiel. Quero voltar a ter as mãos enrugadas e os olhos azuis d'água. Quero dormir sobre o ventre maternal e gemer de fome, sendo saciada. Quero ser pequena, adormecida. Eu só quero dormir e esquecer a fome.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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